Dose de reforço das vacinas Covid-19

Coletiva Imprensa - Dose de reforço COvid-19

Dose de reforço das vacinas Covid-19 será aplicada em idosos

A dose de reforço deve ser aplicada inicialmente em idosos acima de 70 anos e logo após, em pessoas imunossuprimidas

A aplicação da dose de reforço das vacinas Covid-19 foi decidida em reunião realizada ontem (24) entre o Ministro da Saúde, Dr. Marcelo Queiroga e os representantes da Câmara Técnica Assessora de Imunizações – CTAI.

Segundo informações apresentadas na coletiva de imprensa do Ministério da Saúde realizada hoje a tarde (25), a decisão foi vacinar a população com mais de 70 anos devido a imunossenescência e reduzir o intervalo de aplicação da segunda dose da AstraZeneca e Pfizer.

A redução do intervalo entre as doses deve ocorrer para que haja uma maior vacinação da população com as as duas doses desses imunizantes.

Para os idosos a dose de reforço deve acontecer para aqueles acima de 70 anos que tiverem tomado a última dose há seis meses. A dose de reforço é uma busca para reforçar a proteção dessa população contra a variante Delta que tem maior impacto na população idosa.

O ministro enfatizou que ainda tem 8 milhões de pessoas que não retornaram para tomar a segunda dose da vacina.

“São 8 milhões de pessoas que ainda não retornaram para tomar a segunda dose da vacina”.

Ministro da Saúde Marcelo Queiroga

Logo após a aplicação da dose de reforço em idosos, o outro grupo que deverá tomar o reforço são os imunossuprimidos que tomarão 28 dias após a segunda dose da vacina.

A vacina escolhida como dose de reforço é a vacina Pfizer e deve ser utilizada pelo seguintes critérios: por já ter sido testada em regime de intercambialidade, já sendo aprovada em várias agências sanitárias pelo mundo e também será a vacina com maior previsão de recebimento para o momento, explicou o ministro em sua fala.

Outro ponto destacado na coletiva de imprensa foi redução para 8 semanas o intervalo entre a primeira e a segunda dose da AstraZeneca.

O ministro relembrou que há doses disponíveis e a Fiocruz começa a produzir o IFA nacional, porém ainda não tem condições de produzir doses em larga escala e por isso adquiriu IFA da China.

Sobre a dose de reforço para as demais vacinas o ministro comentou que no final de outubro para início de novembro deve receber resultado de estudo que o MS encomendou em parceria com a faculdade de Oxford para testar estratégia da vacina Coronavac.

Segundo o relato do ministro o estudo consta na aplicação de uma terceira dose de Coronavac ou aplicar uma dose de reforço da Astrazeneca ou Pfizer ou Janssen em pessoas vacinadas com duas doses de Coronavac.

Essas respostas científicas irão direcionar os rumos do Programa Nacional de Imunizações para essa dose de reforço e de como deve ser a aplicação.

O ministro ainda defendeu a soberania do Programa Nacional de Imunizações:

“Se seguirmos o que o PNI define em relação aos rumos da campanha nacional de imunização é garantia de sucesso ainda maior. Defender a higidez e soberania do PNI”.

Ministro da Saúde – Marcelo Queiroga

O ministros alertou ainda que se cada estado ou município quiser criar seu regime próprio, o Ministério da Saúde não terá, lamentavelmente, como entregar as doses.

Participaram da coletiva de imprensa: o Ministro de Estado da Saúde, Dr. Marcelo Queiroga, o Secretário Executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, a Secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite, o Presidente do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS), Williams Freire Bezerra e o Vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de saúde (CONASS) Ismael Alexandrino.

Fonte: Coletiva de Imprensa do MS, realizada em 25 de agosto de 2021.

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