A Escala de Braden é um dos instrumentos mais utilizados no mundo para a avaliação das úlceras por pressão.
Segundo Costa e Caliri1 a escala de Braden é composta por seis domínios, também chamadas de subescalas.
Esses seis domínios são: percepção sensorial, mobilidade, atividade, umidade, nutrição, a fricção e cisalhamento.
Cada subescala ou domínio é acompanhada por uma breve descrição dos critérios que são de suma importância para os avaliadores conforme sua avaliação clínica1.
Domínios
Cada domínio é testado e pontuado de 1 a 4 pontos. Quanto maior a pontuação, significa melhor estado do paciente. Assim, a soma total resulta em um número entre 6 e 23.
Esse valor indicará o estado da lesão e quais as atitudes a serem tomadas após essa avaliação.
Para o domínio Percepção Sensorial temos os seguintes valores: 1 – totalmente limitado, 2 – muito limitado, 3 – levemente limitado e 4 – nenhuma limitação;
Na Umidade temos: 1 – completamente molhado, 2 – muito molhado, 3 – ocasionalmente molhado, 4 – raramente molhado;
No domínio Atividade avalia-se: 1 – acamado, 2 – confinado à cadeira, 3 – anda ocasionalmente, 4 – anda frequentemente;
Na Mobilidade observa-se: 1- totalmente, 2 – bastante limitado, 3 – levemente limitado, 4 – não apresenta limitações;
A nutrição é avaliada por: 1 – muito pobre, 2 – provavelmente inadequada, 3 – adequada, 4 – excelente;
A Fricção e Cisalhamento são avaliados da seguinte maneira: 1 – problema, 2 – problema potencial, 3 – nenhum problema e 4 -.
Atitude frente a intensidade da escala
Baseado nos dados indicados pela escala, o enfermeiro deve tomar algumas atitudes para que a escala não piore e, por conseguinte, a saúde do paciente não venha também a piorar.
Assim temos:
Risco baixo (15 a 18 pontos)
- Elaborar cronograma de mudança de decúbito;
- Realizar a otimização da mobilização;
- Proporcionar proteção do calcanhar;
- Realizar o manejo da umidade, nutrição, fricção e cisalhamento, bem como uso de superfícies de redistribuição de pressão.
Risco Moderado (13 a 14 pontos)
- Continuar as intervenções do risco baixo;
- Mudança de decúbito com posicionamento a 30º.
Risco alto (10 a 12 pontos)
- Continuar as intervenções do risco moderado;
- Mudança de decúbito frequente;
- Utilização de coxins de espuma para facilitar a lateralização a 30º.
Risco muito alto (≤ 9 pontos)
- Continuar as intervenções do risco alto;
- Utilizar superfícies de apoio dinâmico com pequena perda de ar, se possível;
- Manejar a dor.
Bibliografia
1. COSTA, Idevânia Geraldina; CALIRI, Maria Helena Larcher. Validade preditiva da escala de Braden para pacientes de terapia intensiva. Acta paul. enferm., São Paulo , v. 24, n. 6, p. 772-777, 2011 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002011000600007&lng=en&nrm=iso>. access on 01 Feb. 2020. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-21002011000600007.