Influenza – campanha iniciará este mês

A Campanha Nacional de Vacinação contra  a Influenza (H1N1) iniciará a partir de 23 de abril. Essa é a 20ª campanha e acontece até 1 de junho, tendo como dia D o dia 12 de maio

Influenza

A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. é de elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais e também podendo causar pandemias.

A campanha

A Campanha Nacional de Vacinação, instituída pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) desde 1999, tem como objetivo reduzir o número de hospitalizações por casos da gripe H1N1, diminuindo também a mortalidade.

A ação envolve as três esferas gestoras do Sistema Único de Saúde (SUS) e envolve  recursos da União, das Secretarias Estaduais de Saúde (SES) e Secretarias Municipais de Saúde (SMS).

No Piauí a campanha terá início no dia 23 de abril e irá até o dia 1 de junho, tendo como dia D o dia 12 de maio.

Com isso a estimativa é de que sejam vacinadas no estado aproximadamente 800 mil pessoas.

Transmissão

A transmissão ocorre por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos, que após contato com superfícies recém-contaminadas por secreções respiratórias pode levar o agente infeccioso direto a boca, olhos e nariz.

Uma pessoa infectada é capaz de transmitir o vírus até dois contatos não imunes7.

Agente Etiológico

A doença pode ser causada pelo vírus influenza A, B e C2,3 . Os vírus A e B apresentam maior importância clínica.

Alguns estudos demonstram que 75% das infecções são causadas pelas cepas A, porém em algumas temporadas ocorre o predomínio das cepas B4,5,6.

Grupos prioritários par a vacinação

  • Crianças de seis meses a menores de cinco anos – todas as crianças que receberam uma ou duas doses da vacina influenza sazonal devem receber apenas uma dose.
  • Gestantes – todas as gestantes em qualquer idade gestacional.
  • Puérperas todas as mulheres no  período até 45 dias após o parto. deverão apresentar documento que comprove a gestação (certidão de nascimento, cartão da gestante, documento do hospital onde ocorreu o parto) durante o período da vacinação.
  • Trabalhador de Saúde – todos os trabalhadores de saúde dos serviços públicos e privados, nos diferentes níveis de complexidade.
  • Professores da rede pública e privada
  • Povos indígenas – toda população indígena, a partir dos seis meses de idade.
  • Indivíduos com 60 anos ou mais de idade
  • Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas
  • População privada de liberdade e funcionários do sistema prisional
  • Pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais independente da idade.

A vacinação do grupo de doenças crônicas deve ser realizada mediante a prescrição médica, especificando o motivo da indicação da vacina, que deverá ser apresentada no ato da vacinação.

Categorias de Risco Clínico

Categoria de risco clínico Indicações
Doença respiratória crônica Asmas em uso de corticóide inalatório ou sistêmico (moderada oi grave);
DPOC;
Bronquiectasia;
Fibrose cística;
Doenças Intersticiais do Pulmão;
Displasia broncopulmonar;
Hipertensão arterial pulmonar;
Crianças com doença pulmonar crônica da prematuridade
Doença cardíaca crônica Doença cardíaca congênita;
Hipertensão arterial sistêmica com comorbidade;
Doença cardíaca isquêmica;
Insuficiência cardíaca.
Doença renal crônica Doença renal nos estágios 3, 4 e 5;
Síndrome nefrótica;
Paciente em diálise.
Doença hepática crônica Atresia biliar;
Hepatites crônicas;
Cirrose.
Doença neurológica crônica Condições em que a função respiratória pode estar comprometida pela doença neurológica;
Considerar as necessidades clínicas individuais dos pacientes incluindo: AVC, indivíduos com paralisia cerebral, esclerose múltipla e condições similares;
Doenças hereditárias e degenerativas do sistema nervoso ou muscular;
Deficiência neurológica grave.
Diabetes Diabetes Mellitus tipo I e tipo II em uso de medicamentos.
Imunossupressão Imunodeficiência congênita ou adquirida
Imunossupressão por doenças ou medicamentos.
Obesos Obesidade grau III
Transplantados Órgãos sólidos;
Medula óssea.
Portadores de trissomias Síndrome de Down, Síndrome de Klinefelter, Síndrome de Wakany, dentre outras trissomias.

Fonte: Ministério da Saúde

Fake News H2N3

Na tarde de ontem (11),  Ministério da Saúde lançou em seu portal na internet a informação de que o novo vírus H2N3 trata-se de uma notícia inverídica.

Segundo o Ministério, o áudio que circula nas redes sociais e aplicativos de smartphones  propaga uma notícia falsa que leva a população ao desespero e à procura em massa dos postos de saúde.

Dessa forma, o Ministério destacou não haver, no Brasil, a cepa H2N3 do vírus da influenza.

Ainda destacou que as cepas existentes são o influenza A/H1N1pdm09, A/H3N2 e Influenza B e que a vacina que será distribuída na campanha protege contra essas três cepas.

Mesmo assim, há por parte do Ministério da Saúde uma vigilância constante quanto à circulação de vírus influenza no Brasil.

O país possui uma rede de unidades sentinelas para vigilância da influenza, distribuídas em serviços de saúde em todas as unidades federadas. Com esta rede é possível monitorar a circulação do vírus influenza por meio da captação de casos de síndrome gripal (SG) e síndrome respiratória aguda grave (SRAG). (Ministério da Saúde)

Assim sendo, a Síndrome gripal caracteriza-se pelo aparecimento súbito de febre, cefaleia, dores musculares (mialgia), tosse, dor de garganta e fadiga. A SG é a manifestação mais comum 8.

Da mesma forma, nos casos mais graves, existem dificuldade respiratória e há a necessidade de hospitalização. Essa situação recebe o nome de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sendo obrigatória a notificação às autoridades de saúde8.

Referência Bibliográficas

1. MINISTÉRIO DA SAÚDE. 19ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza. Informe TécnicoBrasíliaMinistério da Saúde2017.

2.FIORE, A.E.; BRIDGES, C.B.; KATZ, J.M.; COX, N.J. Inactivated influenza vaccines. In: PLOTKIN, S.; ORENSTEIN, W.; OFFIT, P. Vaccines. Philadelphia: Saunders Elsevier, 2013. p. 257-293.

3. FIORE, A.E.; SHAY, D.K.; HABER, P.; ISKANDER, J.K.; UYEKI, T.M.; MOOTREY, G.; BRESEE, J.S.; COX, N.J. Prevention and control of influenza. Recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP), 2007. Morbidity and Mortality Weekly Report, Atlanta, n. 56 (RR06), p. 1-54, 2007.

4. GLEZEN, W.P.; SCHMIER, J.K.; KUEHN, C.M.; RYAN, K.J.; OXFORD, J. The burden of influenza B: a structured literature review. American Journal of Public Health, Washington, v.103, n.3, p. 43-51, mar. 2013.

5. OLSON, D.R.; HEFFERNAN, R.T.; PALADINI, M.; KONTY, K.; WEISS, D.; MOSTASHARI, F. Monitoring the impact of influenza by age: emergency department fever and respiratory complaint surveillance in New York City. PLoS Medicine, São Francisco, v.4, n. 8, p. 1349-1361, ago. 2007.

6. FALLEIROS ARLANT, L.H.; BRICKS, L.F. Influenza B Burden in Latin America and potential benefits of the new quadrivalent vaccines. Journal of the Pediatric Infectious Diseases Society, Oxford, v.5, n.1, p. 1-2, mar. 2016.

7. PLANS-RUBIÓ, P. The vaccination coverage required to establish herd immunity against influenza viruses. Preventive Medicine, Nova Iorque, v. 55, n. 1, p. 72-77, 2012.

8. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Protocolo de tratamento de Influenza: 2015. 1. ed., 1. reimp. Brasília: Ministério da Saúde, 2015 41 p.

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