Ministério da Saúde amplia vacinação contra febre amarela para todo o país de forma gradual, conforme cronograma acordado com estados e municípios
Vacinação contra Febre Amarela
A vacinação contra a febre amarela já é uma realidade em alguns estados brasileiros e agora o Ministério da Saúde (MS) resolveu ampliar a vacinação para todo o país.
Alguns estados brasileiros ainda não fazem parte das áreas onde a vacinação é recomendada, como é ocaso dos estados do Nordeste, Sudeste e alguns da região Sul.
A previsão é de vacinar mais de 40,9 milhões de pessoas nos estados do RJ, SP e BA. Apenas esses estados terão doses fracionadas.
Além disso, a expectativa é que sejam vacinadas com dose padrão 11,3 milhões de pessoas nos estados da região Sul e 25,3 milhões no Nordeste.
Implantação
A implantação da vacinação deve ser o cronograma de implantação conforme tabela abaixo:
Implantação | UF |
---|---|
Julho/2018 | PR, SC e RS |
Janeiro/2019 | PI |
Fevereiro/2019 | AL e SE |
Março/2019 | PB e PE |
Abril/2019 | CE e RN |
A implementação dessa vacina para todo o país é a maneira mais eficaz para evitar a doença, pois trata-se de uma medida preventiva que em como objetivo antecipar a proteção da população, caso aumente os casos na área de circulação do vírus.
Quantidade de doses
A quantidade de doses, segundo informações do Ministério da Saúde, são suficientes para atender a ampliação da vacinação no país.
Portanto, a necessidade é de 8,1 milhões de doses padrão para vacinar de forma fracionada 40,9 milhões de pessoas nos estados de SP, RJ e BA.
Além disso, 26,5 milhões de doses para vacinação em dose integral que abastecerão os estados da região Sul (PR, SC e RS) e Nordeste (PI, AL, Se, PB, PE, CE e RN).
Dose fracionada e dose padrão
De acordo com dados publicados na apresentação da campanha, as doses fracionadas tem mostrado a mesma proteção que a dose padrão.
Um estudo de Bio-Manguinhos/Fiocruz apontou que a presença de anticorpos contra a fere amarela, após 8 anos, semelhante ao observado com a dose padrão neste mesmo período.
Para a OMS, em revisão de estudos sobre a utilização da dose fracionada, foi contado que não há inferioridade na resposta imune.
A utilização da vacina fracionada para a febre amarela protege em 98% dos casos, segundo estudo do Centro de Controle de Doenças e Prevenção (CDC) dos EUA.
Quem não deve tomar a vacina?
A vacinação não é recomendada para todos pelo fato de ocasionar eventos adversos, portanto é preciso estar atendo às contraindicações.
- Pacientes em tratamento de câncer e pessoas com imunossupressão;
- Pessoas com reação alérgica grave à proteína do ovo.
Para os casos de doadores de sangue, devem ser tomados alguns cuidados, pois a vacinação impede a doação de sangue por um período de quatro semanas.
Os doadores devem tomar o cuidado de doarem sangue sempre antes da vacinação para que sejam mantidos os estoques de sangue nos hemocentros do país.
Conhecendo a febre amarela
A Febre Amarela, pelo próprio nome, trata-se de uma doença febril aguda, não contagiosa.
Apresenta uma duração curta, entorno de 12 dias, mas apresenta alta morbidade e letalidade.
Agente Etiológico
A febre amarela é causada por um arbovírus da família Flaviviridae, gênero Flavivirus.
Esse termo arbovírus é utilizado para classificar os vírus que são transmitidos por artrópodes, como os mosquitos. (Brasil, 2009)
Transmissão
A transmissão é dado por meio da picada de mosquitos hematófagos infectados.
Os principais mosquitos envolvidos são aqueles da família Culicidade, dos gêneros Aedes, Haemagogus e Sabtethes.
Para a transmissão urbana, destaca-se o mosquito Aedes aegypti, já em ambientes silvestres, os Haemagogus e Sabethes (BRASIL, 2009).
Incubação
O período de incubação varia de três a seis dias após a picada do mosquito.
Veja a apresentação
Fonte: Ministério da saúde – Apresentação da Ampliação vacinal.
Referência Bibliográfica
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Vigilância em saúde : zoonoses / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2009. 228 p. : il. – (Série B. Textos Básicos de Saúde) (Cadernos de Atenção Básica ; n. 22)