Vacina intramuscular: não precisa aspirar

Durante a aplicação de vacina via intramuscular (IM), a aspiração no momento da administração do imunobiológico, para verificar se foi atingido vaso sanguíneo, não está mais indicada.

A informação foi lançada pela Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações com orientações quanto à aplicação de vacina intramuscular e a não indicação de aspiração.

Quando se usa a via intramuscular, o imunobiológico é introduzido no tecido muscular, por meio do qual há rápida absorção.

Temos várias regiões anatômicas para aplicação das vacina, assim sendo, a via intramuscular é uma das mais escolhidas.

A escolha da região anatômica deve ser utilizada, neste sentido, conforme a distância dos grandes nervos e de vasos sanguíneos.

Entre as mais utilizadas para aplicação de vacinas estão o vasto lateral da coxa e o músculo deltoide.

A nova recomendação diz que:

a aspiração no momento da administração do imunobiológico em tecido muscular, para verificar se foi atingido vaso sanguíneo, NÃO está mais indicada.

CGPNI

A nota explica ainda que, de acordo com a literatura, é desnecessário a aspiração, pois não há razões clínicas para a sua realização nas regiões deltoide, ventroglúteo e vasto lateral, por outro lado, isso ainda continua valendo para a região dorsoglútea.

Ainda de acordo com a nota, essas recomendações serão informadas nos futuros manuais de normas e rotinas do Ministério da Saúde, mas já devem ser utilizadas, neste contexto de pandemia para reduzir o tempo de permanência da população nos serviços de saúde.

Essa recomendação vale ainda para as vacinas aplicadas na rotina.

Durante a realização de cada procedimento devem ser mantidas as recomendações de higiene e de limpeza dos ambientes.

Você pode conferir o conteúdo integral da nota.

Fonte: Coordenadora-Geral do Programa Nacional de Imunizações

Confira a Ofício Circular com esta recomendação: OFÍCIO CIRCULAR Nº 3/2020/DEIDT/SVS/MS

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Guia prático aborda o tema

Em seu Guia Prático de Imunizações em sua 10ª edição, deste ano (2021), a Secretaria de Saúde de Goiás traz a seguinte recomendação com base naquelas dadas pelo Ministério da Saúde e amplamente divulgadas pelo Ofício Circular Nº 3 já mencionado:

GUIA PRÁTICO DE IMUNIZAÇÕES PARA TRABALHADORES DA SALA DE VACINAÇÃO – Saúde Goiás

Introduza a agulha em ângulo reto (90º) e não aspire o local. Se houver retorno venoso espontâneo, despreze a dose (bem como a seringa e agulha utilizadas) e prepare uma nova dose (OFÍCIO CIRCULAR nº 3/2020/DEIDT/SVS/MS). O ângulo de introdução da agulha pode ser ajustado conforme a massa muscular do usuário a ser vacinado;

10 comentários em “Vacina intramuscular: não precisa aspirar”

  1. Eu apliquei vacina de H1N1 no vasto lateral e atingi veia e ao aspirar retornou tanto sangue que até retirei a agulha e fiz nova aplicação. Tenho segurança para fazer injeções , o local não estava errado, a criança era cooperativa e ainda assim ocorreu o fato. Por mais que tenhamos conhecimento de anatomia e saibamos nos desviar de grandes vasos sabemos também que cada corpo é único e há variações de posição, mesmo que de alguns milímetros que fazem diferença. Caso não tivesse aspirado teria sido realizada injeção endovenosa. E o interessante é que na rotina permanece a orientação de aspirar. Alguns avanços de técnicas são muito válidos e justificados pela observação científica, como a desnecessidade de limpeza local com álcool antes de injeções IM. Mas essa orientação está muito estranha.

  2. Quer dizer, se a agulja atingir algum vaso, o profissional não vai saber e vai introduzir o líquido no vaso lesado, dai a pessoa pode sofrer algum dano, inclusive a morte; quem responde? A mudança da técnica? a possível improbabilidade de se atingie um vaso?O MS que esta orientando? Travalhei 38anos na saúde, é certo que é muito improvável atingir um vaso na IM no região deltóide, eu, em todo este tempo, ocorreu uma vez; na dorsoglútea, foram várias vezes.Eu ja estou aposentada, mas, jamais abriria mão de aspirar antes de introduzir qualquer medicamento ou vacina no músculo de alguém. Vou ver o que diz o CORENSP e COFEN, sobre isso. Pois segundo a matéria é orientação do MS, sendo que para AGILIZAR a vacinação; uma mudança que pode acarretar danos e até morte a um paciente.

  3. Muito complicado cada um que fala uma coisa,afinal aspira ou não aspira ?
    Calendário de vacinação muda constantemente,é necessário que se tenha uma fonte de informação segura para que o profissional possa realizar seus procedimentos seguros e não venha causar dano a vida das pessoas.

  4. Então, né? Ai o profissional pega um vaso, a substância cai na circulação e o paciente morre de embolia….fora as “vacinas de vento”, as falsas aplicações….complicado!

  5. Já apliquei vacina antigripal em paciente onde ao aspirar, veio sangue. Se eu seguisse a nova norma, o que poderia acarretar à pessoa?

    1. Muito obrigado por nos avisar, Antônia. Estamos sempre trabalhando para melhorar nossos conteúdos. Já colocamos a fonte da nota que nos referenciou. A nota não traz a literatura usada.

    2. Cita sim a fonte. Inclusive está escrito de letra verde. É só clicar no link escrito em verde na matéria que será direcionado a fonte onde preconiza a informação tratada nesse artigo.

      Lá no finalzinho tem essa informação.
      É só clicar.

      1. No link verde, traz a orientação do Ministério Da Saúde, diz nesta oreintação que, mediante ” a literatura” não é mais necessário aspirar no momeno de se aplicar um imunobiológico IM; no entanto, a “tal literatura utilizada” deveria constar na referência da orientação e não consta.Necessário ver se COREN E COFEN emitiram parecer.

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