A luta da enfermagem por sobrevivência

A luta da Enfermagem

A luta da enfermagem não se iniciou apenas com o surgimento da pandemia do Coronavírus, como muitas pessoas acreditam, essa luta já vem sendo trilhada há muito tempo.

A crise trazida junto com a pandemia só agravou velhos problemas enfrentados pela Enfermagem. Não bastasse cargas de trabalho exaustivas, muitas vezes tendo que trabalhar em mais de um local para se manter, a pandemia trouxe o medo, preconceito, discriminação e além disso, depressão.

O adoecimento dos profissionais é mais uma luta da enfermagem que vem ganhando destaque nesses dias de pandemia. Segundo dados do Ministério da Saúde, entre os mais de 200 mil óbitos, 500 ocorreram enquanto lutavam na linha de frente do combate à doença.

Esse número representa o total de enfermeiros, técnicos, auxiliares de enfermagem e obstetrizes que morreram em 2020 e 2021 em decorrência do novo coronavírus. Pelo menos 30 mortes já foram registradas em janeiro de 2021, segundo dados do Conselho Federal de Enfermagem.

O Jornal El País, em reportagem divulgada no dia 08 de janeiro de 2021, apresentou dados alarmantes sobre as mortes de profissionais de enfermagem no Brasil.

Segundo os dados divulgados pelo jornal, o Brasil responde por um terço do total de mortes pela Covid-19 entre os profissionais de enfermagem.

Em novembro o Conselho Internacional da categoria lançou dados contabilizando 1.500 mortos em 44 países, o que já deve ter sido superado, visto o avanço do novo coronavírus. Segundo Howard Catton, chefe-executivo do Conselho Internacional dos Enfermeiros, a quantidade de enfermeiros e enfermeiras mortos na pandemia é similar aos que faleceram durante a I Guerra Mundial.

A luta da Enfermagem no Brasil

Os profissionais de Enfermagem de todo o país sofrem com altas cargas de trabalho, em alguns casos tendo que trabalhar em mais de um local, além de ter que conciliar os riscos e o cuidado com a família.

A categoria não quer apenas um reconhecimento como aconteceu no início da pandemia, em que pessoas apareciam nas janelas para aplaudir, não é somente isso que importa, queremos reconhecimento, trabalho digno, qualidade do descanso.

A demanda de trabalho, acompanhada pela maior exposição dos profissionais de enfermagem à Covid-19 vem reforçar a necessidade de serem aprovadas reinvindicações antigas.

Entre as reivindicações estão: a redução da jornada para 30 horas semanais, o piso salarial nacional e o repouso digno.

No fim de 2020 o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) lançou a campanha Abrace a Enfermagem para que a sociedade valorize e apoie a profissão.

Um dos objetivos da campanha é fazer com que o Congresso Nacional aprove as reivindicações, onde há 20 anos a categoria luta para que seja aprovada a Lei das 30 horas de trabalho semanais, apresentados em mais de 5 projetos.

Outros 12 projetos tratam sobre o piso salarial único em todo o país e um deles, em 2015, sequer tem relator designado na Comissão de Seguridade Social e Família da câmara dos Deputados.

Fonte: Com dados do Cofen e El País.

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