Atenção às gestantes durante a pandemia

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A atenção às gestantes durante a pandemia deve ser mantida, conforme nota técnica da Atenção Primária em Saúde lançada em 26 de março de 2020 .

A Nota Técnica Nº 6/2020 trata das orientações a serem adotadas na atenção à saúde das gestantes no contexto do novo coronavírus (SARS-CoV-2).

Embora as infecções respiratórias de etiologia viral já tenham sido previamente descritas com desfechos inesperados tanto para as gestantes como para os neonatos, o SARS-Cov-2 não parece se associar a risco de maior gravidade em gestantes.

Sabe-se no entanto que tanto a SARS-CoV em 2002, como a MERS-CoV em 2012 e a Influenza H1N1 se associaram a desfechos adversos em gestantes.

A nota recomenda que o protocolo de diagnóstico de SARS-CoV-2 em gestantes, siga o protocolo para a população adulta geral.

Segundo a mesma nota nos serviços de saúde em geral e, portanto, também na atenção pré-natal e maternidades, deve ser instituída uma triagem de sintomas respiratórios e fatores de risco.

A nota deixa bem claro que as gestantes que apresentam síndrome gripal devem ter seus atendimento eletivos adiados por 14 dias, mas em casos necessários ser atendida em ambiente separado, por outro lado, as demais, assintomáticas deverão ter preservado seu atendimento.

Para esse tipo de atendimento deve ser levado em consideração o zelo com a prevenção de aglomerações, com melhores práticas de higiene e co o rastreamento e isolamento domiciliar de casos suspeitos de síndrome gripal.

Pontos Importantes

Um dado importante enfatizado pela nota é que 47% das mulheres com SARS-CoV-2 tiveram seus partos pré-termo, algumas com sofrimento fetal e que a maior parte desses partos ocorreu após as 36 semanas de gestação.

Mas mesmo assim, a nota esclarece que entre os casos relatados, não se sabe ao certo se ocorre a transmissão para o feto/recém-nascido (RN) antes ou após o nascimento.

Os demais casos, reportados de gestantes positivas para o SARS-CoV-2, apresentaram neonatos livres do vírus, incluindo em sangue de cordão e placenta.

Neste sentido a informação é de que parece improvável que haja transmissão vertical, de forma semelhante ao previamente observado com o SARS-CoV e o MERS-CoV.

Outro fato importante é a recomendação, quando disponível, de realização de ultrassonografia morfológica no segundo trimestre em mães com infecção por SARS-CoV-2 para se avaliar a questão de teratogênese devido não haver dados suficientes.

Com relação ao trabalho de parto e parto há divergência de opiniões quanto ao clampeamento imediato ou oportuno do cordão.

Essas são os principais pontos abordados na nota técnica. Caso queira acesse a nota técnica na íntegra.

Fonte: SAPS

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