Avaliação Pupilar em pacientes

avaliação pupilar

A avaliação pupilar consiste em avaliar o tamanho das pupilas, sua simetria e presença de reflexo foto motor.

O tamanho pupilar é controlado pelo sistema nervoso simpático e parassimpático.

O nervo simpático ocasiona dilatação (MIDRÍASE – 7 a 8 mm), por outro lado o parassimpático ocasiona contração (MIOSE – 1 a 2 mm).

Uma diferença pupilar de 1 mm é considerada normal, da mesma forma, é considerada uma variação normal de 2 a 6 mm, com diâmetro médio de 3,5 mm.

Classificação pupilar

  • Isocóricas – pupilas com diâmetros iguais;
  • Anisocóricas – uma pupila maior do que a outra provável lesão no cérebro (no lado inverso da pupila dilatada);
  • Midríase – pupila dilatada;
  • Miose – pupila contraída. Provável choque anafilático (overdose, intoxicação, uso de anestésico nas cirurgias, etc.);
  • Fotorreagentes – quando reagem à exposição da luz contraindo-se e dilatando no escuro.
Imagem/divulgação

Observação

Caso a pupila seja lentamente reativa à luz – provável compressão do nervo óptico, pode ser edema, hematoma, etc.

Caso não reaja à luz – provável lesão em ambos os lados do cérebro, um dos critérios para morte encefálica.

A avaliação pupilar deve ser utilizada em toda avaliação neurológica, com intervalos regulares, principalmente nos pacientes que possuem patologias neurológicas, estes devem ser avaliados de hora em hora nas primeiras 12 horas.

Objetivos da avaliação pupilar

  • Contribuir para o diagnóstico diferencial entre os quadro metabólicos (hipernatremia, uremia, etc.) e os originados por lesões estruturais do SNC;
  • Detectar presença e a localização de doenças de tronco cerebral que levam ao coma;
  • Identificar sofrimento do SNC, aumento de Pressão Intracraniana (PIC), edemas cerebrais, isquemias, hematomas, hidrocefalias, etc;
  • Favorecer intervenção imediata clínica e/ou cirúrgica que possam evitar sequelas, danos indesejáveis e morte encefálica.

Material utilizado

Lanterna clínica.

Descrição do Procedimento

  • Deve ser realizado independente do nível de consciência;
  • Informar ao paciente sobre o procedimento;
  • Fechar os olhos do paciente por alguns segundos;
  • Abrir os olhos e com a lanterna clínica incidir a luz diretamente sobre cada uma das pupilas por alguns segundos;
  • Avaliar, classificar e registrar no prontuário.

Observação: em caso de pupilas anisocóricas, registrar a maior em relação à menor. Ex.: pupilas anisocóricas, esquerda maior que a direita (E>D).

Responsabilidade

A responsabilidade está voltada para a equipe multiprofissional: enfermeiros, médicos, fisioterapeutas, técnicos em enfermagem.

Referências

CINTRA, E. A; NISHIDE, V. M. NUNES, W. A. In: Assistência de Enfermagem ao Paciente Gravemente Enfermo. 2. ed. Atheneu: São Paulo, 2002.

PALVEQUEIRES, S. et. al Manobras Avançadas de Suporte ao Trauma e Emergências Cardiovasculares (MAST). 5.ed. EDA: Rio de Janeiro, 2002.

2 Replies to “Avaliação Pupilar em pacientes

    1. Olá Bruna, muito bom ter você em nosso site. Esperamos ter ajudado em sua pesquisa. Caso deseje algum conteúdo específico por favor não deixe de nos contar pelo formulário de contato. Um forte abraço.

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