Pulsoterapia com Metilprednisolona

A pulsoterapia é a infusão intravenosa de doses supra-farmacológicas do corticoide metilprednisolona. A aplicação ocorrerá em ciclos diários de 3, 5 ou 7 dias.

Objetivos

  • Tratar doenças auto-imunes em atividade;
  • Impedir a rejeição de órgãos transplantados.

Profissionais envolvidos:

Os profissionais que estão diretamente ligados à administração desse tipo de tratamento são os: enfermeiros e técnicos de enfermagem.

O enfermeiro ou técnico poderá realizar o procedimento quando prescrito pelo médico.

Materiais:

  • Material para punção venosa com escalpe ou para punção venosa com jelco;
  • Bandeja;
  • Esfigmomanômetro;
  • Estetoscópio;
  • Glicosímetro (com lanceta e fita reagente);
  • Frasco ampola de metilprednisolona;
  • Gaze embebida em álcool a 70% (antisséptico);
  • Equipo;
  • Ampola de água para injeção;
  • Frasco de 500 ml de SF 0,9%;
  • Seringa de 10 ml;
  • Agulha 40 x 12;
  • Luva de procedimento;
  • Rótulo de identificação da medicação;
Medicação por via endovenosa

Descrição da Pulsoterapia com prednisolona:

  • Identificar fatores que contra-indiquem a infusão da medicação (como Hipertensão sem controle com anti-hipertensivos e hiperglicemia);
  • Conferir os nove certos: paciente certo, medicamento certo, dose certa, hora certa, via certa, registro certo, diluição certa se necessário, riscos aos profissionais e riscos ao paciente;
  • Fazer e colocar o rótulo de identificação do medicamento com: nome, dose, horário, via de administração e paciente;
  • Realizar a lavagem das mãos;
  • Fazer a reconstituição da metilprednilsolona em água para injeção (125 mg em 2 ml e 500 mg em 5 ml), fazer assepsia do frasco do medicamento e da ampola da água para injeção com a gaze embebida em álcool a 70%;
  • Diluir a reconstituição em SG 5% ou SF 0,9% totalizando o volume de 500 ml (injetar o reconstituição no frasco de S.F.0,9% ou também S.G.5%, acoplar o equipo e preencher o mesmo com a solução);
  • Retirar qualquer ar do equipo;
  • Manter o sistema de infusão fechado, protegido e livre de contaminações até o momento de acoplá-lo ao acesso venoso periférico do paciente;
  • Identificar a solução com o rótulo;
  • Realizar com álcool a 70% a desinfecção da bandeja, do esfignomanômetro e do estetoscópio;
  • Separar o material a ser utilizado para punção na bandeja;
  • Levar o material para a unidade do paciente (quando internado), ou para a sala de atendimento ambulatorial (quando em ambulatório);
  • Explicar o procedimento ao paciente e/ou acompanhante (medicamento, dose, frequência, efeitos adversos e a monitorização que será realizada);
  • Realizar a higienização das mãos;
  • Posicionar o paciente de forma adequada e confortável ao procedimento;
  • Verificar a pressão arterial do paciente; Se hipertensão administrar antihipertensivo prescrito, só iniciar a infusão com PA controlada;
  • Verificar pulso periférico do paciente;
  • Verificar glicemia capilar do paciente;
  • Realizar a higienização das mãos;
  • Instalar a medicação no suporte de soro;
  • Puncionar acesso venoso periférico com escalpe ou jelco;
  • Acoplar o equipo da infusão ao acesso venoso periférico;
  • Iniciar a infusão;
  • Preparar o gotejamento da medicação para 2 horas;
  • Realizar higienização das mãos;
  • Verificar a pressão arterial a cada 30 minutos;
  • Ao término da infusão repetir a monitorização previamente realizada;
  • Realizar higienização das mãos;
  • Desconectar a solução do acesso venoso periférico;
  • Se o paciente for ambulatorial retirar acesso venoso periférico;
  • Se o paciente estiver internado, o acesso venoso pode ser mantido salinizado;
  • Deixar o paciente em posição confortável;
  • Desprezar os resíduos perfuro cortantes no descarpax;
  • Desprezar os materiais de uso único no lixo;
  • Encaminhar o material permanente para a sala de utilidades afim de limpeza e desinfecção;
  • Técnico de enfermagem: fazer anotação relacionada ao procedimento;
  • Enfermeiro: fazer evolução do procedimento.

Cuidados Relacionados:

  • Não misturar outros medicamentos com a solução da pulsoterapia com metilprednisolona;
  • Infundir a solução em temperatura ambiente;
  • · Infundir somente a solução homogênea, sem grânulos;
  • Identificar efeitos adversos da medicação, como: pico hipertensivo, hiperglicemia, arritmia, taquicardia, cefaleia, náusea e/ou vomito, e, diminuir a velocidade da infusão e comunicar imediatamente ao médico responsável;
  • O acesso venoso deve ser exclusivo para a infusão da medicação;
  • A estabilidade após a reconstituição da medicação é de 48 horas a 25 graus Celsius;
  • Aprazar o início de infusão entre 8 a 11 h (a produção de adrenocorticoides no período da
    manhã é maior);
  • Em caso de reação anafilática, interrompa imediatamente e definitivamente a infusão e acione o
    médico;
  • Verificar o peso do paciente pelo menos uma vez na semana;
  • Atentar para pacientes em precaução de contato (utilizar o kit de isolamento).

Fonte: Pulsoterapia com metilprednisolona. POP 27/12. UFRJ. Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. Divisão de Enfermagem.

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